quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cinema Nacional

"Apesar de, na óptica de alguns cineastas, o cinema português estar a dar mostras de se querer afirmar e crescer para os seus públicos, é ainda um aumento muito frágil e as indústrias internacionais, sobretudo a americana, continuam a sobrepor-se."

Untitled from Inês Espojeira on Vimeo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Entrevista com Amadeu Silva, estudante de realização : "Gostava de fazer cinema em português por Portugal"


Em entrevista a Amadeu Pena da Silva, estudante do curso de Tecnologias da Comunicação e Audiovisual, que ambiciona ser realizador, pode perceber-se o seu ponto de vista relativamente ao ensino de cursos da área de cinema em Portugal, assim como das expectativas que existem por parte dos jovens relativamente ao cinema português.

O cinema nos jovens: jovens são os principais espectadores

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"De informático a cineasta"

Em criança, Marcello dos Santos Sampaio sonhava ser engenheiro informático. Conta que vem de uma família ligada à arte, mas que sempre foi polivalente: tanto adorava arte como computadores. Desde pequeno que era muito ligado a esta área, mas também gostou sempre de escrever; o pai sempre o incitou a ser uma pessoa “criativa”. Nasceu a 6 de Novembro de 1985 em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, Brasil.

Hoje, estuda em Braga no curso de Ciências da Comunicação, na vertente de Audiovisual e Multimédia, e tem já no currículo vários projectos na área do cinema. Lembra-se do primeiro filme que foi ver a uma sala, tinha 5 anos: o filme da Chucha – «Lua de Cristal».

Marcello conta que o cinema sempre lhe trouxe “muitas sensações e sentimentos muito profundos; “era como se eu pudesse encontrar ali um outro mundo”. A sua família sempre estimulou bastante a sua vontade de fazer teatro e cinema, o que o levou a esquecer a informática. Começou por actuar em peças infantis e escrever os seus próprios textos. Frequentou, ainda, uma escola de artes em que “tudo era flexionado à arte”.

Quando tinha 15 anos, participou num festival de curtas-metragens da escola que frequentava. Baseou-se num dos dois livros que escreveu até à altura, recheado de histórias criadas nas aulas de redacção. O filme chamava-se «O Clube dos Anjos» e apesar de “muito artesanal”, sem noções de “ângulo, de roteiro, de nada”, foi o seu primeiro trabalho e recebeu criticas positivas dos professores.


Marcello veio para Portugal no ano passado, pelo programa Erasmus-Mundi, mas estabeleceu-se no nosso país até acabar o curso. Quanto às diferenças do curso cá e no Brasil, Marcello afirma [clipe de som].


Veio para Portugal pelo “título de estudar numa faculdade da União Europeia”, pois, no Brasil, este factor, afirma, “é muito valorizado”. Garante estar a ser uma experiência “interessante e enriquecedora”. Afirma que a sociedade é muito diferente, “muito fechada” e confessa não entender como é que Braga, “uma cidade da Europa, que é um pólo de cultura do mundo, continua «ilhada» neste movimento cultural” que é o cinema.


Nos últimos dois anos, produziu 9 filmes. Trouxe para Portugal um documentário sobre o avô, com histórias muito pessoais, que lhe valeu o primeiro lugar no festival Bragacine de 2009.

Neste momento, está a preparar o seu 11º filme, para o projecto final do curso, “bem diferente de tudo o que já tinha feito”. Chama-se «Escute uma mulher que se mata» e fala de uma família desequilibrada com uma história muito “simples” por trás.


Considera-se “uma pessoa criativa” e muito “humilde”. Define-se como um “comunicador”, alguém “que gosta de se expressar, que procura não julgar ninguém, mas integrar, entender” as pessoas. “Gosto das relações humanas e de contar histórias que vão no mínimo mexer com quem estiver enxergando”, confessa Marcello.